Incal (Vol. 1 da série Todo Incal)

5 avaliações para Incal (Vol. 1 da série Todo Incal)

1. 

   Marcelo lobo – 14 de dezembro de 2025

   Incal é o universo distópico definitivo. Não possui rivais
   Em formato HQ, Incal é provavelmente a obra de ficção científica mais celebrada do planeta.As venturas (e desventuras) de John Difool, acompanhado de grande elenco, é uma das mais extraordinárias sagas do mundo dos quadrinhos. Incal é quase mitológico; verdadeiro épico, clássico dos clássicos.O universo de Incal é incomparável no que diz respeito a detalhamento e sofisticação. A história transcorre em meio a cenários deslumbrantes e conta com a presença de um fascinante repertório de raças alienígenas.O protagonista é um complexo anti-herói, cheio de vícios e fraquezas. E os demais personagens são igualmente instigantes em razão do caráter dúbio. Ora os melhores, ora os piores traços morais se destacam, conforme a circunstância.O roteiro é zombeteiro, impregnado de ácida crítica social, tecida em irresistível tom irônico. E embora a quantidade de texto seja significativa, a trama é bastante dinâmica, cheia de sutilezas e surpresas.E a arte consegue ser ainda melhor que o roteiro. O ilustrador francês Moebius é sinônimo de lenda, tendo influenciado desde George Lucas até Neil Gaiman. A arte conceitual de Moebius revolucionou não só os quadrinhos, mas o cinema.Sua linguagem visual é única, impactante, surreal, psicodélica e, acima de tudo, be-lís-si-ma.Incal é a inspiração máxima de dois gênios. Em termos de gestação de universos distópicos futuristas, não possui rivais. É a obra definitiva.

2. 

   Marcelo Alves de Oliveira – 14 de dezembro de 2025

   Uma graphic novel muito divertida!
   Primeiro para poder apreciar adequadamente a estória é necessário uma boa dose de suspensão da descrença. Leitores muito racionais e céticos que não conseguirem se deixar levar por uma estória com elementos místicos não devem se beneficiar adequadamente na leitura. Afora esta observação inicial é uma leitura muito divertida, que o desenho fascinante de Moebius torna ainda mais atraente. As reviravoltas da estória são em certo sentido imprevisíveis o que tende a prender a atenção do leitor (que busca estórias mais criativas) do começo ao fim. Contudo esse livro apesar de ser o primeiro da caixa com três tomos (que segue a ordem cronológica da escrita e desenho) deixa diversas lacunas que fazem mais sentido na leitura de todos três tomos (o que deve levar um certo tempo, já que se trata de três livros totalizando próximo de um milhar de páginas), o que poderia afastar leitores mais impacientes. Contudo o esforço para os admiradores dos desenhos de Moebius (apesar deste não ter desenhado os demais volumes na sua totalidade) e dos roteiros de Jodorowsky valerá a pena.

3. 

   Victor Nóbrega – 14 de dezembro de 2025

   Muito bom
   HQ incrível, sci-fi de alto nível, e a qualidade do material do pipoca e nanquim é excelente

4. 

   HH – 14 de dezembro de 2025

   Obra-prima de ficção científica com elementos místicos da dupla Jodorowsky/Moebius
   O francês Moebius, pseudônimo do artista francês Jean Giraud, é lendário por seu trabalho em quadrinhos, especialmente na temática de ficção científica / fantasia para a revista Metal Hurlant, fundada por ele e Druillet (já com obra lançada pela P&N), Dionnet e Farkas.Já Alejandro Jodorowsky é o psicomago/cineasta/tarólogo/escritor chileno parceiro de Moebius em diversas obras, de Manara (Bórgias Bórgias – Sangue para o Papa, Caravaggio), Boucq (Bouncer) e muitas outras.Esta obra faz jus à seu status de obra-prima pela riqueza do universo criado por Jodorowsky e magistralmente desenhado por Moebius. A dimensão social e religiosa de diversas raças de diversos mundos mostrados é soberba; a narrativa aventuresca contendo traços fortíssimos místicos (a história usa diversos elementos da tradição da alquimia) e altamente simbólicos (Jodorowsky é um dos grande especialista em tarot) é fantástica.Esse elemento do tarot é especialmente interessante para dar uma chave de interpretação ao leitor, vindo de uma introdução da edição do Incal Volume 2 da Devir (que infelizmente esta edição da P&N não colocou…): o protagonista da história (John Difool) corresponde ao arcano maior do Louco, que é sempre acompanhado por um animal (o pássaro/pterodátilo Deepo), que simboliza a natureza bestial de todo ser humano; Solune é a junção dos arcanos Sol e Lua; a tecnocidadela, à Torre; e o tecno-papa e a imperadoratriz correspondem aos aspectos masculino e feminino dentro de si.Isso faz a obra parecer meio que inacessível. Mas pelo contrário: a história pode ser lida de uma forma tradicional e ainda assim poderá ser apreciada por todos os leitores. Mas faz jus à seu status de obra-prima pelo fato de que através de várias leituras e algum estudo sobre os elementos contidos na história permitem que haja um enriquecimento de compreensão da história. Ou seja, é uma obra a ser revisitada periodicamente, sempre descobrindo-se algo novo. Não se pode pedir mais de uma obra do que isso!!!Em resumo, para quem gosta de uma HQ com uma história por universos diferentes, com toques meio psicodélicos e místicos com uma arte estupenda, é obrigatória! Cabe o aviso de que não é a obra mais acessível de todas, mas certamente um dos quadrinhos que mais vale a pena conhecer e apreciar!Uma nota sobre a belíssima edição da P&N, comparando-a com a boa edição anterior da Devir: as três edições da Devir correspondentes a este volume único da P&N possuem páginas de introdução da história e comentários de autores famosos de quadrinhos, que sempre dão algumas dicas boas para o leitor e enriquecem a leitura. Além disso, a edição da Devir traz uma colorização ‘moderna’ feita por Valèrie Beltran, enquanto a da P&N a original. Particularmente, acho a original mais autêntica e compatível com a obra; por outro lado, a ‘moderna’ é mais agradável e usa uma paleta de cores mais suaves, sem tantas cores agressivas e meio anos 70 da outra. Preferir uma edição à outra acaba sendo uma questão de gosto, apesar de que, se tivesse de pegar apenas uma edição, pegaria com certeza a da P&N. Mas quem tiver a chance de comparar as duas versões, é um experimento bem interessante.Para quem quiser entrar de cabeça em uma narrativa mística mais forte de Jodorowsky, sugiro assistir A montanha sagrada com o comentário do diretor para explicar cada cena do filme. Isso com certeza vai ajudar a entender mais o Incal!Para outra colaboração entre Jodorowsky e Moebius, vá de A Louca do Sagrado Coração; cabe ressaltar que a obra é mais adulta e foge da ficção científica, sendo mais uma obra com alguns elementos místicos, novamente.Para quem quer mais Moebius, tente achar a linda coleção da Nemo de cerca de oito volumes, tal como O Homem do Ciguri.

5. 

   Fernando – 14 de dezembro de 2025

   Clássico
   Muito bom, para quem gosta de ficção é um prato cheio